Com construção do Maracanã para a Copa do Mundo de 1950 e a popularização cada vez maior do futebol no Brasil, o Fluminense passou a sediar apenas jogos de pequeno porte nas Laranjeiras. Aos poucos, o estádio ia perdendo seu protagonismo no cenário nacional.
Mas o mais duro golpe veio quase uma década depois. No fim dos anos 50, o Fluminense entrou em conflito com o Estado da Guanabara em razão do projeto de duplicação da Rua Pinheiro Machado, cujo novo trajeto obrigaria a demolição de parte das arquibancadas das Laranjeiras para escoamento do trânsito do túnel Santa Bárbara.
Em 1961, o clube entrou em acordo com o Governo e teve parte do terreno desapropriado para a construção da via em troca de 50 mil cruzeiros mais o terreno na esquina das ruas Pinheiro Machado e Álvaro Chaves, onde hoje é o parquinho do clube.
Se já havia poucos jogos no estádio em razão do Maracanã, o número de partidas diminuiu ainda mais com a demolição de parte das arquibancadas. Em 22 de julho de 1970, uma derrota para o Olaria por 1 a 0 marcou o fim de uma era e o início de um longo de jejum de jogos no local.
Até 1986, por opção do Fluminense, não foram realizadas partidas oficiais nas Laranjeiras. O único jogo nestes 16 anos foi um amistoso do Tricolor com a seleção do Kuwait em 1980.
Em 1986, o clube decidiu voltar a sediar jogos nas Laranjeiras. O estádio foi reaberto com capacidade para 8 mil pessoas. Um amistoso entre Fluminense e São Paulo marcou a reinauguração. A partida, que ficou conhecida como “Jogo das Faixas” por reunir os campeões cariocas e paulistas do ano anterior terminou com o placar de 2 a 2.
O ano de 1993 marcou o último título do Fluminense nas Laranjeiras. O Tricolor venceu o Volta Redonda por 1 a 0, com um gol de Ézio aos 21 minutos do 1º tempo e conquistou a Taça Guanabara em sua casa.